A Fisioterapia nas patologias que afetam o sistema vascular periférico é uma especialidade recente e têm mostrado a possibilidade de evitar ou postergar o processo cirúrgico conseguindo grandes avanços principalmente nos pacientes que tinham como prognóstico a amputação de membro.
O fisioterapeuta vascular pode atuar junto ao paciente portador de doenças vasculares de diversas formas: Tanto participando do tratamento da doença como por exemplo às úlceras venosas; quanto no tratamento de sintomas relacionados à patologia por exemplo claudicação intermitente, e também no tratamento de sequelas da doença já instalada como por exemplo no pé diabético. Além dos exemplos citados, existem diversas outras situações em que o paciente se beneficia de fisioterapia vascular, tais como: linfedemas e edemas venosos, dor por aderências cicatriciais, pós cirurgias de varizes, síndrome do desfiladeiro, etc.
No tratamento fisioterápico são utilizadas técnicas de drenagem linfática manual, enfaixamento compressivo, cinesioterapia, estimulação elétrica vascular, terapia de caminhada e orientações para as atividades de vida diárias.
Fisioterapia em Linfedema
Linfedema é o excesso de linfa acumulada fora do vaso linfático. Ele ocorre quando o sistema linfático: vasos linfáticos, ductos e linfonodos, não são capazes de drenar a linfa de um determinado segmento. Nos casos de linfedema em face, pescoço, tórax, braços e pelve, as causas mais comuns são cirurgias e radioterapias para tratamentos oncológicos ou compressões no trajeto do sistema linfático. Em membros inferiores, além destas causas, são freqüentes os linfedemas primários, que ocorrem por má formação vascular linfática e também os edemas pós-trombose venosa profunda (síndrome pós-trombótica), erisipelas, traumas, úlceras e insuficiência venosa crônica.
A forma correta de se tratar um linfedema é aumentando a oferta de vasos disponíveis (estimular circulação colateral) e a função dos gânglios e vasos linfáticos existentes. Nos casos de cirurgias oncológicas, os linfonodos da axila, virilha ou pelve podem ter sido total ou parcialmente retirados.
Este tratamento consiste de medicação adequada, fisioterapia especializada e atividade física regular e deve ser feito o mais precocemente possível, uma vez que o linfedema tende a aumentar com o tempo, tornando-se mais duro (fibrose) e mais propenso a episódios de infecções (erisipelas).
É importante saber que a manutenção dos resultados obtidos com o tratamento depende de você, que deve manter o uso regular das malhas elásticas compressivas prescritas pelo fisioterapeuta após o tratamento, assim como o hábito de fazer as atividades físicas iniciadas durante o tratamento.
Atividade física regular é imprescindível, de preferência na água (natação ou hidroginástica), pois os exercícios facilitam a drenagem linfática.
O tratamento é feito através de drenagem linfática manual e com aparelhos, terapia física complexa, enfaixamento compressivo, cinesioterapia, prescrição de contenção elástica, caso necessário e orientações importantes para melhor qualidade de vida do paciente.
Uma das técnicas mais usadas neste segmento da fisioterapia no IGF é drenagem linfática manual (DLM) e tem como objetivos principais:
ü Ativar a circulação sanguínea e linfática;
ü Desobstruir e ativar o bombeamento dos gânglios linfáticos (que são as lixeiras), os filtros de nosso organismo;
ü Eliminar as toxinas (clusters, miogeloses, gordura, fibrose ou celulite, edema, etc.) do sangue e do tecido conjuntivo;
ü Aumentar a defesa do organismo, pois esta é feita dentro de gânglios linfáticos (Linfócitos T) que, quando estão funcionando bem, combatem melhor o agente agressor;
ü Prevenir problemas cardíacos, cerebrais e circulatórios, pois auxilia o trabalho de bombeamento sanguíneo aumentando a sua quantidade e velocidade;
ü Aliviar ou eliminar os sintomas da T.P.M., ajudando no inchaço, cólica e causando bem estar geral.
Espero que você tenha gostado dessa abordagem. Dicas para Profissionais:
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