Todo homem acostuma-se desde a adolescência a fazer a barba. Porém, o que para alguns é sinal de masculinidade, para outros pode ser um verdadeiro incômodo, seja por questões de saúde ou até mesmo estéticas. Independentemente dos motivos, muitos estão derrubando preconceitos e procurando por um serviço que antes era voltado exclusivamente ao público feminino: a depilação a laser.
A dermatologista Isabel Martinez, membro da Academia Americana de Laser e Cirurgia, explica que existem dois fatores determinantes para essa mudança de hábito: mais informações sobre o procedimento e a sua desmistificação, pois parte dos homens deixava de cuidar da pele por achar que isso "era coisa de mulher".
"É difícil saber se houve ou não uma mudança no padrão estético. Talvez os homens nunca gostassem de pelo em excesso, mas havia um preconceito em se falar sobre isso e eles simplesmente não expressavam sua vontade", afirma.
Segundo a especialista, existem vários tipos de depilação a laser, mas o princípio de todas é o mesmo: matar o bulbo das células para que os pelos não cresçam. Os preços por sessão variam de acordo com a região do corpo, podendo ir de R$ 350 para a barba, até R$ 900 para o peito. "São necessárias de seis a oito sessões, sendo uma por mês. Depois disso, é preciso fazer a manutenção em um período que varia de seis meses a dois anos, dependendo do paciente", explica.
Para ela, o método a laser não pode ser considerado definitivo, pois cerca de 5% dos fios continuam a nascer mesmo após o tratamento. "O correto é dizer que ele é semidefinitivo", esclarece. Mesmo assim, uma vez realizado o procedimento, não será mais possível revertê-lo. Por esse motivo, é importante que a decisão seja muito bem pensada. "Vai nascer um pelo ou outro, mas não do jeito que era antes. Então é um procedimento em que a gente conversa bem com o paciente."
O nível de dor causado varia de acordo com o tipo de laser e a região do corpo. No peito e nas costas, ele é praticamente indolor. Mas na barba, o incômodo é um pouco maior. "Tem um tipo de laser, que é o de iodo, que incomoda bastante, então são poucos os pacientes que conseguem ir adiante. Por isso, o que buscamos é algo que doa razoavelmente, para que a pessoa consiga dar continuidade ao tratamento", diz.
Apesar da dor, é na barba que os homens fazem mais depilações a laser, afirma a Dra. Isabel. Em seguida, aparecem as intervenções no dorso e no tórax. E não são apenas motivos estéticos que levam as pessoas a irem atrás do procedimento.
"Muitos têm problemas com foliculite [bolinhas vermelhas que surgem na região depilada ou barbeada e deixam a pele sensível], principalmente no pescoço, onde a pele tem contato com a camisa", diz.
Cuidados e limitações
Apesar de ser possível realizar a depilação a laser em qualquer parte do corpo, existem contraindicações. Por exemplo, pessoas que têm a pele muito bronzeada não podem fazer. "O alvo do laser é a melanina, e, quando pele está bronzeada, você tem uma grande quantidade dessa substância em exposição. A reação ao laser é imprevisível nesses pacientes, podendo provocar manchas", alerta.
A recomendação nesses casos é que o homem aguarde três semanas, realize uma nova avaliação, e, caso aprovado, faça o laser de forma conservadora, ou seja, em uma energia mais baixa. Pessoas com a pele morena ou negra, por sua vez, precisam de um equipamento específico.
Já para os que têm pelos brancos ou loiros, o tratamento não é aconselhável por ser pouco eficaz. "É gastar dinheiro à toa, pois é muito questionável. Para estes pacientes, a melhor saída é mesmo recorrer à lâmina, à cera ou outras forma de depilação", finaliza.
Espero que você tenha gostado dessa abordagem. Dicas para Profissionais:
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