Cirurgião plástico deve inibir exageros em procedimentos estéticos




Seios fartos e volumosos, bumbum arrebitado e barriga chapada é o sonho de qualquer mulher em busca da silhueta perfeita. Mas antes de desejar a melhor forma estética, é preciso ressaltar que são vários os riscos ao adotar uma prótese muito volumosa de silicone nos seios e no bumbum. O mesmo vale na hora de promover o contorno do rosto com a técnica do lifting - que, quando feito várias vezes, acaba provocando uma aparência artificial. A decisão de fazer uma plástica não requer apenas escolher a técnica mais adequada, que permite exibir o melhor contorno corporal, dentro dos padrões de beleza atuais.

De fato, existem pessoas obcecadas por plástica, sobretudo mulheres, que cometem exageros em nome da beleza, com pedidos abusivos de intervenções. O médico deve utilizar o bom senso, respeitando os limites da Medicina. A atitude correta é convencer o paciente dos exageros que não podem ser deliberados, e caso ele insista, recusar esse tipo de paciente. Nesse momento, a seriedade do profissional é que determina a relação médico-paciente no primeiro contato no consultório.

A cirurgia plástica exige limites e critérios rígidos de avaliação. A ética é reconhecer a necessidade e indicar o procedimento adequado. Exagerar em prótese de silicone e operar paciente sem necessidade são condutas que não fazem parte da minha realidade dentro do centro cirúrgico.

Não existem limites para se realizar uma plástica por ano, mas o bom senso e a ética médica devem reger constantemente essa busca pela silhueta perfeita. E, entre uma cirurgia e outra, é necessário respeitar o tempo de recuperação para evitar complicações e para evitar que o paciente tome uma atitude precipitada, sofrendo de arrependimento mais tarde.  

Não existem limites para se realizar uma plástica por ano, mas o bom senso e a ética médica devem reger constantemente essa busca pela silhueta perfeita.

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) não incentiva o médico que comete abusos e realiza muitas cirurgias plásticas no mesmo paciente, realizando todos os seus desejos de beleza sem respeitar os limites médicos. O médico brasileiro é muito conhecido mundialmente em cirurgia plástica. Esse prestígio também se deve pelo bom senso quando o assunto é limitar a quantidade de cirurgia plástica no mesmo paciente em pouco tempo.

Plástica bem feita é plástica segura

Portanto, algumas questões fundamentais para se realizar uma cirurgia plástica com segurança são: o momento certo, os critérios de avaliação, como reconhecer o bom profissional, o local adequado e ter conhecimento do que é possível e o que é melhor. As técnicas estão mais avançadas e a prática se torna cada vez mais comum. Porém, com o surgimento de diversos casos de complicações operatórias, as dúvidas se multiplicam. Quando o procedimento é seguro e quais são os resultados satisfatórios? Não existem milagres em cirurgia estética. É preciso ter conhecimento dos avanços, mas também das limitações dela, para não desencadear problemas de saúde ou frustração pessoal.

Antes de fazer qualquer cirurgia, o paciente deve ser submetido a uma série de exames que atestarão suas condições de saúde para a prática do procedimento. Na cirurgia plástica não é diferente. Avaliação cardiológica, hemograma completo, exame de urina, entre outros, são exames que dão segurança para a realização de um ato cirúrgico. Estando o paciente em plenas condições de saúde, não existem contraindicações específicas. 

Quando a cirurgia é nos seios, sempre solicito uma mamografia. Deve-se estar atento para as condições de saúde do paciente, fazer uma avaliação estética da cirurgia e saber se a mudança desejada é realmente possível, ou se a correção do problema não tem solução estética efetiva.

Os resultados da aparência estética irão depender do organismo de cada um. É importante deixar claro para o paciente que a cirurgia plástica não é uma solução estética milagrosa. Vale destacar que muitas vezes a alteração é bem sutil, e os resultados também variam de uma pessoa para outra. A mesma técnica aplicada num paciente pode não ter o mesmo resultado em outro.

É importante atentar para os critérios na escolha de um bom médico. É relevante que haja empatia e confiança entre o médico e o paciente, além de averiguar se o profissional é especializado em cirurgia plástica e membro da SBCP. Recomendo também que a pessoa busque referências do médico e apure as condições de realização da cirurgia, se a clínica ou hospital está devidamente autorizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), lembrando que não é permitida a realização de procedimentos operatórios em consultórios médicos. Seguindo todas essas recomendações são grandes as chances do paciente ficar satisfeito com o resultado, sem exageros, que geram frustração ou enganos de ordem pessoal. 



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